Legalive
O desafio imposto pela pandemia do coronavirus, atravessa paredes e aparece em telas líquidas, diálogos divididos ao meio. As lives, tomam conta. Entrevistas, bate papos e shows de música. Múltiplas cenas domésticas e políticas. Ferramentas de encontros para ensaios de teatro e aulas virtuais. Tragadas de longe. Visores compartimentados em inúmeros apelos. Aqui, no exercício profissional, acompanho o movimento.
Vem à lembrança, as chamadas da telefonia fixa, quando surgia ao acaso, a linha cruzada. Podia-se ouvir e se nada acusasse, a participação escusa, passava imperceptível. Um ruído qualquer denunciava o invasor. Era um tal de desliga, daqui e desliga de lá. Diferente de hoje, onde a informática mantem conexões e aproxima quem se recolhe, em solidariedade e precaução.
Cantarolar “O Brazil não conhece o Brasil” para espantar a perplexidade dos dias e das noites. Fotografo atores encapsulados. Tempos de vírus.
Ode, a quem se faz valer das palavras de Cora Coralina.
– “Todos seremos árvores, seremos tronco…raízes”.
Epitáfio de tantas partidas.
Deu no New York Times.
Cala boca já morreu.
#Sepuder# Ficaemcasa