‘Portar(ia) Silêncio’: Memórias Severinas

A III Mostra de Teatro de Heliópolis enquadra expoentes do teatro. Periféricos para uns. Centrais na trama de tantos. Deixam rastros visíveis. Revelam figas. Assuntos de polícia. Sublinham desigualdade e omissão. Jogo de esconde esconde. Claquetes. Vozes dissonantes: – “Ninguém mais quer ficar no sítio…Tá tudo na cidade”. Festas de santo. Povoados. Secas. Épocas deixadas […]

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‘B de Beatriz Silveira’: A tarde de um domingo ideal

Embalos de final de semana. Na quarentena, a casa de cada um…O palco principal. Xororô. Xororó. Ô. Ô. Ô: “É o Brasil falando de amor”. Onde estão os sentimentos: – “Tudo mudou. Você chegou. Eu nunca senti meu coração bater desse jeito. Só pode ser amor”. Ou é teatro? Peça ao vivo. Dizeres dos artistas. […]

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‘Reunião de Condomínio’: Denúncias das fobias estruturais

Situações cotidianas transportadas para a cena digital. Intimidades compartilhadas à revelia dos participantes dessa reunião de moradores do fictício condomínio Bandeirantes: – “Varandas para alcançar o cume dos seus sonhos”. A previsibilidade deixa rastros nas falas dos atores. Retratos da vida comezinha. Queixumes, reclamações e descasos. (In) delicadezas: – “A Tia Jussara é louca”! Seis […]

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‘A História de Baker’: Transmissão de pensamentos voltados à pandemia

Denúncias contra privilégios: – ‘O casal Baker, estrangeiros e ricos. Vieram de avião fretado, alegando serem funcionários de um hotel local, se vacinaram sem demora. Expuseram os nativos da terra, furaram a fila da imunização. Levantaram vôo e foram embora’. Uma das narrativas dessa aula espetáculo de Cristiane Zuan Esteves e Beto Matos. Associações de […]

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‘Psicose 4h48’: Atmosfera acinzentada reflete prismas furta cor

Estudos da Cia.Stavis-Damaceno que reaparecem no palco. A montagem com transmissão ao vivo e ritmo frenético da trama com narrativa entrecortada. O olhar da atriz Rosana Stavis seguido frame a frame. Esfinge. Câmera inquieta. Espasmos. Soluços. Falas repetidas, palcos ocupados. Ideias delirantes: – “Humor fudidamente raivoso”. A importância de estar na luz. Sarah luz. Instante […]

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‘Infâmia’: O trio contraste, brilho e nitidez divide a cena com os artistas da Cia. XIX

A fotografia em preto e branco agrada aos olhos. A colorida também. Em contraposição elas materializam detalhes. Criam ambivalências. Multiplicam as telas. Em Infâmia, planos para captar a atenção. A luminosidade das antigas referências é preservada. O trio contraste, brilho e nitidez mais uma vez entra em cena no trabalho da Cia. XIX. Os enquadramentos […]

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‘Desfazenda me enterrem fora desse lugar’: A cor dessa cidade sou eu?

Lamento, tristeza, câmera, recordação: – “Lembra? Lembra? Lembra”? A voz que parecia calar, grita: – “Não parecia história para criança não”. Mundo real. Visto por dentro. Peça filme, quase cantata: – “Eu vi o menino. Eu vi. Eu vi. Eu vi. Menino preto. Preta criança. Vermelho e preto. Preta Criança. Menino preto”. O canto do […]

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Artistas adotam tom de denúncia na leitura dos versos de Augusto dos Anjos

As câmeras vagueiam pelos pátios internos, anexos. Perpassam o auditório, encontram a caveira, o piano de cauda. Embaralham as dependências da Biblioteca Mario de Andrade. Trevas ao meio dia, nos dizeres da trupe de teatro. Gritos: – “Guerra”! A podridão serve de evangelho: -“A desarrumação dos intestinos”. Tempos de imobilidade, corações despedaçados em despedidas. Desmoronamentos. […]

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‘Pantera’: Denise Assunção encanta Alexandre Borges

A magia se instala logo ao abrir das cortinas. O movimento do tecido no mesmo ritmo da trilha sonora. A pegada de suspense antecede a entrada do público. Uns decididos outros com passos titubeantes…Voltam ao teatro. Determinação de quem “volta a uma amante por absoluta incompetência de viver longe dela”. Nas plateias, na retomada das […]

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Irene Ravache em ‘Alma despejada’: Falas das mulheres no passado e nos dias de agora

No centro do palco, movimentos ritmados pelo poder da presença da atriz. Ela surge entre caixas, palavras e costumes. Antigos hábitos que outrora dividirá com a audiência. Agora em temporada remota, multiplica intimidade com as lentes. Rabisca as paredes das lembranças: – “Nossa casa vivia sempre cheia. A casa é o cenário de uma vida. […]

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