O dedilhar no teclado conduz a ação. Palco casa laboratório.

Fomento das artes híbridas, no dizer do artista:

– “Todos precisamos de amor e de sincera alegria. Assim nós vamos enfrentar o ar rarefeito. Aquele que nos faz repensar o sentido das nossas vidas”.

Cada um para um lado. A corda pela cintura. A água no pescoço.

Olhares diretos e indiretos. Virtu.

Estante para a partitura dos horrores que estão por vir?

Projeções. Violetas e Máximos.

Personagens e falas dos dias de agora.

– “Quando não se pode manter a palavra…Não se deve fazer promessas”.

Lentes. Óculos. Tintas vermelhas.

O foco determina as deixas das personagens plasmadas pelas paredes do palco digital.

A soma das coisas:

– “Não tem problema”.

O ator em plena doação. Coro de si mesmo. Peça única. Peça rara:

– “Eu não sei se você é tonto, inconsequente ou doido? Quer saber… Eu vou com você”!

Perfumes pairam no ar.

A mão repousa no aparador com elegância:

– “É a casa. O quadro novo”.

A força do olhar do intérprete/vidente.

Leituras das cartas e dos segredos.

Poesias e baralhos de tarô.

(Des)leituras do Mago Cacá.

Impressões. Tempos reduzidos:

– “Nós nos rebelamos. Precisamos fazer a revolução. Estamos anêmicos. Os ricos tem sangue guardado”.

Tecidos enrugados. Veias ressequidas:

– “Democracia, democracia, democracia”.

Texto e Direção: Michele Santeramo

Ator Cacá Carvalho (Carlos Augusto Carvalho Pereira)

Tradução: Cacá Carvalho

Ilustrações: Cristina Gardumi

Coordenação Artística: Márcio Medina

Assistente de Direção na Itália: Erica Artei

Colaboração Artística: Roberto Bacci

Músicas Originais: Sergio Altamura, GiorgioVendola e Marcello Zinn

Sonorização e Projeção: Kako Guirado e TiagoMello

Iluminação: Fabio Retti

Operação de vídeo, som e luz: Michelle Bezerra

Captação e edição de vídeo: Junae Andreazza

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto | Márcia Marques

Produção: Corpo Rastreado | Thaís Venitt

Temporada na Cúpula do Theatro Municipal

Dias 26, 27 e 28 de setembro 19h

Duração: 70 min