Sandra Pêra ouve Clarice e canta Roberto
Visões inclusivas.
Argumento em defesa da arte.
No enfrentamento às perdas e às dores.
Procura-se a dignidade.
Sem porta de entrada nem portão principal.
Vagas lembranças:
– “Quando eu vi já estava dentro. Andando sem parar. Perdida. No subterrâneo do Maracanã”.
Cavernas estreitas. Labirintos dos dias de agora.
Salas fechadas. O estádio deserto.
Calor no meio do inverno.
A fonte da juventude:
– “Ninguém me dá mais de cinquenta e sete”.
A ausência absoluta de multidão.
– “Acho que eu ainda estou um pouquinho confusa”.
Jogo de criança.
Emaranhado do caminho sem fim.
Não tinha uma porta de saída.
Coisas ouvidas pela metade:
– “Será que meus lábios ainda são beijáveis”?
A alça cai.
A luz se apaga.
Terceiro sinal.
Texto: Clarice Lispector, do conto homônimo do livro “Onde Estivestes de Noite”
Direção, Trilha Sonora e Ambientação Cênica: Ana Beatriz Nogueira
Atuação: Sandra Pêra
Diretora Assistente: Clarisse Derzié Luz
Iluminação: Rodrigo Lopes e Ana Beatriz Nogueira
Operação de Luz e Som: Rodrigo Lopes
Figurino: Sandra Pêra
Idealização e Produção: Ana Beatriz Nogueira Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
Apresentações aos Sábados às 21h. Temporada até 25 de setembro.
Ingressos: www.sympla.com.br/teatrocombolso