‘Aplausos crepitantes aos 100 anos em cena da Folha de S.Paulo no Brasil Y no Mundo!’

Lenise Pinheiro

Zé Celso em participação especial no Cacilda Blog de Teatro, cumprimenta a todos. Parabeniza operários, artistas e oficiantes das artes e das letras. Nos impele a fugir para frente, como dizia Otavio, aqui reverenciado por nós. Viva os 1oo anos da Folha! Viva 100 anos de Cacilda Becker! Obrigada pela inspiração diária. Obrigada Zé Celso Amor Humor.

“Nas 100 badaladas do centenário da Folha, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a percepção da importância incomensurável desse jornal para o teatro brasileiro in Sampã y nos dias de hoje para a democracía brasileira y mundial.

O jornal cresceu tanto com todos que trabalham y trabalharam nele, com seus operários, antes y agora, na fase também digital, que virou um cosmos.

Bateu primeiro à memória um jovem que se iniciava na crítica de teatro da Folha, Paulo Marcos D’Alkmin de Andrade, filho de Oswald de Andrade. Foi em 1967, 18 anos, garoto lindo, olhos azuis, inteligente, debochado y talentoso: um Oswald renascido. Veio me entrevistar, na maior alegria, depois de ter visto ‘O Rei da Vela’. Nunca em sua escola Oswald havia sequer sido mencionado, nem pelo modernismo!

O sucesso da peça rendeu fartos direitos autorais ao herdeiro Paulo, que, então, resolveu estudar cinema em Paris. Foi guiando seu carro pegar os documentos para o passaporte quando sofreu um acidente fatal. Tragédia!

Em seguida, veio Otavio y Luiz Frias. A Folha, por meio deles, teve, para mim, na volta do exílio, uma importância decisiva no teatro brasileiro.

Otavinho, de talento enorme para a atuação teatral, escreveu peças maravilhosas, que serão redescobertas, como as de Oswald.

Vivia dividido entre o teatro y o dever de comandar a Folha de S.Paulo. Enquanto seu pai estava vivo, chegou a atuar brilhantemente em ‘Boca de Ouro’, de outro mágico do teatro, Nelson Rodrigues, fazendo exatamente o papel do jornalista Caveirinha, y também e ‘Cacilda’, no papel do crítico teatral Miroel da Silveira. Nessa ocasião, escreve ‘O Terceiro Sinal’ —uma de suas obras-primas sobre a arte teatral. A peça, dirigida pelo ator Ricardo Bittencourt, tinha Bete Coelho fazendo o papel do próprio Otavio.

Veio a lembrança do começo do UOL, já com Luiz Frias, ainda na Redação da Folha. Eu, vestindo os paramentos do papa e fazendo trecho da peça ‘Ela’, de Jean Genet.

Otavio, finalmente, com o falecimento do pai, escolheu a direção da Folha. Tenho certeza de que sua grandeza intelectual teatral investiu na sua direção inspirada da Folha, o mesmo acontecendo com Luiz no UOL.

Tenho que parabenizar também minha amada amiga Lenise Pinheiro. Fotógrafa dos teatros em Sampã, Rio, festivais internacionais, na Folha, nos tempos de pãdemía global —o momento mais difícil de vivermos, a história do teatro mundial, mantém vibrante o blog Cacilda, criado por ela y pelo jornalista talentoso e crítico teatral Nelson de Sá, meu biógrafo, grande amigo meu y do Teat(r)o Oficina que, hoje, cobre imprensa e tecnologia no jornal.

No centenário da Folha, onde incluo o UOL, é de ler todos os dias no meu HomeOficina , é visceral, um caso de amor, de afinidade eletiva. Agora, mais do que nunca, pela luta proclamada do jornal pela democracía ameaçada, sobretudo pelas novas cepas do coronavírus, que nos impedem de ir para as ruas, para nos livrarmos do BolsonaVírus 21.

MAS VAMOS CONSEGUIR.

O CENTENÁRIO DA FOLHA COINCIDE COM O DA ATRIZ CACILDA BECKER, QUE SERÁ NO DIA 6 DE ABRIL DESTE ANO.

ESSES ACONTECIMENTOS POTENCIALIZAM A FORÇA Y O PODER DE NOSSA LIBERDADE”.

Zé Celso
HUMOR!
HUMOR, AMOR Y MUITO MAIS”