Gustavo Machado apresenta versão filmada de Canção de Cisne

Lenise Pinheiro

Ele chega com raro esplendor. Se aninha entre o público imaginário.

Buquê de esperanças debaixo do braço. Se espeta:

– “Ai”!

Chupa o dedo. Rodopia. Tem ideias, joga fora o paletó.

Agora pode ficar de mãos livres:

– “Ah! A liberdade”!

A maioria ri muito da sua graça.

Riem também da sua dor.

E…de sua meia. Do traje completo.

Passa o chapéu. Faz poesia com o Vadim.

Esmurra a parede. Se agacha. Quer entrar.

No teatro, no dia da estreia. Ninguém deixou.

Tenta ver por entre as frestas. Segregado do lado de fora.

Destelhado…na varanda. Joga o ramalhete.

Só ele ouve o frenesi. Quer viajar. Delira.

Folheia o passaporte russo.

Encontra a identidade.

Tenta juntar lé com cré. Insiste. Ainda bem.

Sucesso desde 1998 fruto da parceria com Vadim Nikitin adaptado para os dias de agora.

Chama um taxi. Agora um uber?

Entoa versos de Anton Tchekhov:

– ” Canção de Cisne”.

Teatro na Mário

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Dia 15 de fevereiro

19h