Maquetes sugerem metáforas da vida no claustro do novo Anormal

Lenise Pinheiro

Você alguma vez na vida se viu por curiosidade num estande de vendas? Diante de uma maquete de edifício, avaliando valores, ouvindo as ofertas e tentando se adaptar a escala da planta? Sufoca a ideia do prédio ali representado com esmero de detalhes e iluminação. De altura … 60 centímetros, no máximo.

Hipoteticamente “habitado” por “mini vidas” como num seriado de televisão. Ao imaginar cenas de ação, um mundo de desvantagens se revela.

Maquetes sugerem metáforas. Redimensionam medidas. Agora em suspensão. A desproporção das escalas divide o protagonismo com os assuntos do dia. Na pandemia.

Diálogos internos com o inconsciente advertem perigo eminente.

Estamos numa espécie de Terra de Gigantes ao contrário. Força e equilíbrio de um lado. Episódios de destemperos de outro. Nulidades. Zeros a esquerda.

Você se lembra dessa frase?:

– “Mãos ao alto, isso é um assalto”.

Condomínio Portal da Transparência.

De olho no Vacinômetro.

Olhares voltados para além da superfície.

Números revelam abusos.

De quem faz “maravilhas” com leite moça.