Artistas de todas as áreas se cotizam e mandam oxigênio para Manaus

Lenise Pinheiro

Desde o resultado das eleições em 2018 o sono daqueles que vivem das artes passou a ser agitado. Profissionais sofrem ameaças explícitas por parte do Presidente e da equipe que junto a ele assumiriam o poder.

Artistas passam a ser alvos de perseguições e apagamentos, enfrentam com galhardia a pandemia. Adotam medidas de contenção, mantendo isolamento social. Se apresentam em caráter de urgência pela internet. As interrupções das temporadas e apresentações parecem exercer força centrípeta na criatividade de cada um.

O Tribunal Penal Internacional analisa ação contra Jair Messias Bolsonaro desde antes do começo da pandemia. Acredita-se que agora frente aos descasos no atendimento hospitalar em Manaus, mais material se junte ao processo inicial.

As necroses das articulações de enfrentamento à pandemia no governo federal chamam a atenção do Conselho de Direitos Humanos da ONU, muito se especula sobre a inação no Planalto. A incapacidade do presidente culmina na desistência ao socorro à região norte do país. Artistas se cotizam e mandam oxigênio para Manaus.

Nas declarações do ministro da saúde, apenas evasivas.

Sicários no comando.

Flores para os mortos.

O Brasil asfixia.