A fotografia preto e branco, é considerada por muitos, como abstrata. Enquanto a imagem colorida, pode flertar com a realidade? Na provocação, fica a dúvida.

No tocante à fotografia de teatro, as duas vertentes surgem entrelaçadas. Algumas espelham a imagem.

Talvez definições nem se apliquem. O trabalho documental parece passar ao largo dessa discussão.

A iluminação elaborada do universo teatral. Enche os olhos.

Revela na química do laboratório, o momento decisivo.

Onde o ódio há de ser vencido pela esperança. Os bailarinos se esparramam pelo chão.

Ouviu-se um grito na montanha.

A morte do estudante Edson Luís, no restaurante da Faculdade, por policiais mobilizou forças e lideranças convocaram para a passeata dos Cem Mil. Célebre manifestação de alunos, professores, artistas, operários, religiosos e tantos outros. Multidões que parecem saltar de 1968 para 2020. Protestos.

Beto Freitas, assassinado em frente às câmeras. Encenação da morte ao vivo. Símbolo dos nossos dias de horror. Que de sua dor, nasçam brotos de um pais sem racismo. Movimentos em explosão, rumo às urnas. A ruptura das cascas das sementes. A fertilização da química entre terra, água e ar.

De acordo.