Cena Líquida
Semana de acúmulos, quiçá resulte em movimentos.
Capas de revista, em tom de denúncia.
“Nexo Causal”, no dizer de um amigo.
#somostodosmaricas
Maricas. Nome próprio ou apelido. Comum de gênero.
Verbete de enciclopédia anos 3000. Ouve-se a voz:
– “Povo rebelado contra o mandatário do Planalto em levante contra improbidades e desqualificações. Mesmo atingido pelo novo corona vírus, os Brasileiros, distribuíram a vacina desenvolvida com sucesso”.
A imagem melancólica da marionete escamoteada a um canto, transformada em poeira e tédio. O boneco sem articulação, sem cordas e sem graça.
APAGÃO.
Recorro a Santo Svoboda, criador, iluminador e cenógrafo. De origem Checa, Joseph Svoboda (1920 – 2002), deixa rastros de estrelas. Transgride moral e costumes. Inspira artistas mundo afora. Seu trabalho, tomou conta da cena e dos palcos. Cria vibração e espasmos. Suscita infartos da alma. Recria o cotidiano ao cotejar seu mosaico de aflições. Glossário teatral, trabalho referencia. Do clássico ao experimental. Colaborou na transformação de gerações.
Um dos responsáveis pela Quadrienal de Praga. Participou como idealizador do Instituto de Teatro de Praga.
Teatral, iluminado. Em 2020, comemoramos seu centenário de nascimento.
Os palcos, agora em retomada cautelosa, com muito protocolo e empenho.
Muita novidade no Planeta Teatro.
Os artistas da Cultura, movimentam a cena líquida.
E, ao se apresentarem, reafirmam laços com a empatia.
Ao vivo, em “lives” via internet, revalidam os tempos de pandemia.
Ambiente distópico até, recorrente em nossos horizontes.
Intercorrências e previsões estampadas nas manchetes.
Prismas.
Liberdades.
Assepsia.
Eleições.