70 anos em cartaz
A Televisão Brasileira contabiliza 70 anos de transmissões. Há muito a se comemorar, pena a data estar no meio da pandemia, com tantas vítimas.
Pesares que atrelados aos focos de incêndios, em nossas matas, dissipam qualquer expectativa de festa. E, como diz Fernanda Torres:
– “Deus é Química”! Ela, aniversariante também.
Esse ensaio reúne trabalhos pelos palcos, para cantar parabéns.
A tão sonhada retomada aos estúdios de televisão, parece dar seus primeiros passos. Frequente ver técnicos paramentados em fotografias que registram protocolos bactericidas e urgências.
Ameaças diretas, às concessões de direitos de transmissão, deixam mãos atadas e microfones silenciados? Sigilos impostos? Censura de filmes? Privilégios?
Brasa adormecida em berço esplêndido, atualiza o nosso hino. Bandeiras desfraldadas nesse campo varonil, de gente infectada pelo novo corona virus.
Viva Hebe Camargo a Cacilda Becker da TV.
De seu sofá, as 525 linhas verticais, de um antigo sistema de vídeo. E muita inspiração!
Os algarismos 525, números guia na criação de Marcelo Rubens Paiva e Ricardo Karmann, de 1989.
Nos dias de hoje, os programas noticiosos transmitem em tempo real, as queimadas no Pantanal e na Amazônia, fragrantes de horror. Políticas públicas insatisfatórias ateiam chamas, às florestas. Labaredas em direção ao negacionismo e a má fé.
As coberturas atestam crimes, números indizíveis contra a mãe natureza.
Nesse cenário, deixamos de soprar as velinhas do aniversário da TV.