No ar
Celia Nascimento, ergue a taça com uma mão enquanto segura a máscara com a outra.
Vejo nessa imagem a poesia que faltava para uma nova manhã.
Brindar, mesmo que pela web, para espantar os linchamentos morais aos quais estamos submetidos.
Ficar firme frente aos temores que por ventura queiram atingir a nós ou a quem está por perto.
A dicotomia dos tempos sintoniza ondas novas, em cenários virtuais, desafios incorporados em lives.
As companhias de teatro somam forças, inventam o amanhã, do Brasil com “S”. Jogos de interpretação em novos exercícios dramáticos.
A estranheza dos tempos de distanciamento social, cedendo lugar à informação, nunca se viu tanta estante de livro.
Pano de fundo desse tempos. Enfrentamentos na saúde e na educação.
Os artistas, profissionais da Cultura, comprometidos com seus ofícios, se apresentam internet a fora.
Equilíbrio frente às incertezas de sempre.
Patuás, sortilégios e novos ventos.
Difícil respirar tanta mentira no ar.