Antonio Bivar – 1939 – 2020
Conheci Bivar num inferninho, onde tentamos falar de participação nas revistas que ele editava. O volume alto, a atmosfera densa, fez a conversa desandar. Ficou o interesse. Sempre postergado.
Homem elegante, nutria interesse genuíno pelo Teatro e todas as artes que orbitam nos palcos.
Alzira Power, Cordélia Brasil e Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã. Dramaturgia com viés político, seus textos escritos em 1968, abriram passagem para as atuações de Maria Della Costa, Thelma Reston, dentre outros. E, Maria Padilha, atriz para qual ele olhava no momento desse clique. Pouco afeito aos holofotes, permitiu ser fotografado na plateia durante a apresentação de Cordélia Brasil no Sesc Paulista, ainda na unidade provisória em 2008.
Nos deixa, vítima de Covid 19. Surto traiçoeiro que nessa pandemia arrasta tantas vidas, para a metafórica porta de saída, conforme sugere a imagem.
Espetáculo Cornélia Brasil
Direção Gilberto Gawronski
Atriz Maria Padilha
Ensaio realizado 29/08/2008