Foi em 2007, data do ensaio fotográfico que acompanha este post, que me aproximei do ator Marat Descartes. A cobertura para a matéria, destaque na edição, incluía diária na filmagem de “Os Inquilinos”, locação na zona norte. Apresentação no teatro no centro e tarde na casa dele na zona oeste. Triangulação além do tempo e espaço, graças ao poder da presença do ator.

Aqui, fotos dessa maratona. Detalhes da casa, dos credos e da ampulheta, onde o tempo é púrpura.

A reportagem ganhou contornos artísticos. Ficou em mim.

Encontro sempre o Marat, fazendo personagens complexos com poucos traços.

Ator fetiche da sua geração… e … como diz a canção:

– “Deixa a galera com água na boca”.

E, mais que isso, causa efeito magnético.

Marat Descartes Mefisto.

Agora, treze anos depois, da tela do celular emerge o documento Peça.

Teatro de bolso, cinemascope com a vida da gente.

Salta da tela, o olhar da Janaína Leite.

Com a câmera em punho, o grupo invade a casa palco:

– “Lá vamos nós”. Propõe a live viral.

Muito apetrechado Marat nos arrasta para nossas saudades.

Embaralha totens e tabus.

(Des) Respeita os protocolos.

Oferenda cyberformato do novo normal.

Ilumina.

Dá a luz.

Tô de cara.