O mundo com mais cor

Lenise Pinheiro

O colorido das encenações que registro, contrasta com os tons do luto que o momento impõe.

Inventários sem rostos.

Mobilidade via internet. Arte e energia elétrica.

Demanda reprimida em tempos de pandemia.

Palavra impacto, que entra em cena, desde o início da quarentena.

E quando se fala na retomada do Teatro, público salteado, na plateia.

Na Alemanha do 7X1. Saídas escoadas, sem intervalo.

Com o lirismo das luzes, sombras e cravos do mundo.

Pina Bausch abraçando e agradecendo.

Respiro para os artistas de mãos dadas e  braços abertos.

Os últimos serão os primeiros.

A artilharia da porteira arrombada, onde:

– “Vai passando a boiada”.

Distância entre nós.