‘Aquele Abraço’

Lenise Pinheiro

Esfuziantes, contidos, protocolares ou “calientes”, são os abraços.

Manifestações de apreço ou afeto. Fora de cogitação, nesses tempos de pandemia.

Me remetem a reencontros e despedidas.

E como diz Gilberto Gil:

“O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, Fevereiro e Março

Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!
Alô torcida do Flamengo
Aquele abraço

Chacrinha continua
Balançando a pança
E buzinando a moça
E comandando a massa
E continua dando
As ordens no terreiro

Alô, alô, seu Chacrinha
Velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha
Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha
Velho palhaço
Alô, alô, Terezinha
Aquele abraço!

Alô, moça da favela
Aquele abraço!
Todo mundo da Portela
Aquele abraço!
Todo mês de Fevereiro
Aquele passo!
Alô Banda de Ipanema
Aquele abraço!

Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço
A Bahia já me deu
Régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!
Pra você que me esqueceu
Rum!
Aquele Abraço!
Alô Rio de Janeiro
Aquele Abraço!
Todo o povo brasileiro
Aquele Abraço”!