A vida real, no teatro.
O isolamento, em prevenção à pandemia, deixa mais vulnerável a mulher, confinada com seu agressor. Os números comprovam e asfixiam.
Força bruta a aprisionar olhos vidrados e vozes inaudíveis.
Da alcova à luz, relatos amordaçados, chegam tarde demais.
Cenários de horror doméstico. Casas cárcere.
O punho cerrado entre quatro paredes, contra a mulher.
Abusos sem fim, na quarentena.
Casos se avolumam nessa parábola de covardia.
Elipses de mulheres em Cárcere privado.
Apitos? Resgate virtual? Meter a colher.
Medidas protetivas, em prejuízo, frente a epidemia.
Movimentos na terra onde a crueldade impera.
Nos dias de agora, a denúncia de tanta covardia.
O homem violento. Impune. Até quando?
A dramaturgia de Lepage, Tennessee, Consuelo e Plínio Marcos.
Ensaio de fotos que teimam em gritar socorro.