Os profissionais de saúde, protagonistas dos tempos de agora, tomam conta do noticiário e evocam mentalizações mundo afora. Vozes dissonantes e posturas nada conscienciosas habitam a órbita da política, onde se espraia a atmosfera rarefeita compartilhada por correligionários tomados pela fúria.

Direitos e deveres se embaralham na jogatina de achismos aos quais estamos expostos, pasmos, estupefatos e solidários. A arte se mostra nas telas com alcance estratosférico. Uma comunhão de fazeres, horizontes alaranjados, sistemas de saúde no limite e uma legião de mascarados. Trabalhando sem parar.

Homenagens não faltam. Traços nos gráficos científicos, projeções em todas as acepções da palavra. A volta dos panelaços. O novo terceiro sinal.

Aqui, esses retratos de O Livro de Jó, captados em diferentes abordagens, documentos colhidos em parceria com atores e público, em tantas oportunidades e ângulos. Foram muitas as ocasiões que me apontavam o melhor lugar, em gestos imperativos ou cordiais. Captados por mim, registros de 1995. O vírus HIV, solapava uma legião. A dramaturgia se dava conta da periculosidade da peste da época. Os olhos ardiam.

Agora, em meio a pandemia 2020, no Cacilda Blog de Teatro,o sangue cenográfico da companhia de Teatro da Vertigem, torna-se transfusão obrigatória em todos que se deixam contagiar.

Ainda sem vacina, habitamos esse cenário de epidemia onde mais uma vez, as fotografias entram em cena, com os diretores Antônio Araújo, Guilherme Bonfanti e Marcos Pedroso. E com os atores Matheus Nachtergaele, Daniela Nefusi, Mariana Lima, Miriam Rinaldi, Vanderlei Bernardino, Sergio Siviero e tantos outros intérpretes, nesse ensaio redivivo.