Lucélia Santos encerra temporada “Teresinha Vida e Morte de Santa Teresa d’Ávila”, no Sesc Santo Amaro SP
Caprichos e vaidades:
– “Que Deus me perdoe”.
Púlpito, festa solene e presentes.
Dádivas enlameadas. Mariana:
– “Temos que viver tão perigosa vida”.
Abandonos e castigos.
Atriz encontra ritmo e objetos de cena sob a terra do cenário.
Guarda em seu bojo terços, cadernos e o caminho do céu.
Água e raios de luz atravessam os quereres.
Sinais e tremores. Monja.
Gosto por leitura herdado do pai.
A morte prematura da mãe. Sinos.
Extremos entre a honra e a castidade.
Desassossegos, sermões e mosteiros.
Sentidos apontados para a virtude.
Tentações sublimadas:
– “Nenhum descanso, nenhum alívio”.
Votos, casamentos e cordas.
Descobrimentos e enfermidades de amor.
O corpo da atriz suporta os males do sofrimento.
Dos pés à cabeça. Fechamentos com oração.
Doença, que faz o corpo todo doer.
Lucélia Teresinha é Lady Gaga.
Trilhas de sentidos abalados.
Salvação e estado de graça absoluta:
– “Eu estou tremendo toda dentro de mim”.
Juízos e segredos. Plasticidade
Feixes de luz, como nas fotografias de Sebastião Salgado.
Maniqueísmo em cheque mate:
– “Eu sou tão ruim. E todos são tão bons”.
Teresinha atlética e herege.
Preenche os espaços entre o sagrado e o profano.
Vida que nasce da morte:
– “A diferença entre gostar e amar.
As alegrias do mundo e os cativeiros.
Torres, castelos e literatura.
Despida dos vícios, das vestes e das ilusões.
– “Eu ainda acredito em mim”.
A atriz parece levitar em cena.
Acordes de Ópera.
Tristão com Isolda.
Teatro Sesc Santo Amaro – SP
Domingo 18h (Última apresentação da temporada)
Dramaturgia André Sant’Anna
Citação da obra de Teresa d’Ávila e João da Cruz.
Concepção, Direção, Cenário e Direção de Arte Bruno Siniscalchi
Atriz Lucélia Santos
Iluminação Binho Schaefer
Execução de Figurino Heloisa Lyra
Trilha Sonora Dany Roland
Coordenação de Produção Claudia Bueno
Montagem de Luz e Operação Marcos Santos
Montagem de Cenário e Contrarregra Rodolfo Serzedello