07 de setembro no Museu do Ipiranga SP

Lenise Pinheiro

Hoje, dia da independência, encontrei plateias cheias.

Fazedores em estado de arte. Público “diadorim.”.

Rostos, partes, shorts e saias. Paixões.

Mãos dadas em cena. Brasil.

Ensaio de manifestação. Festa.

Alguns, às margens, plácidos.

O maestro ergue astral, braços e batutas

Pessoas em ondas. Mar de gente.

Do alto do palco, ao som do Hino Nacional.

A pele arrepia e a alma consente.

Sopros, cordas, e corais. Músicos.

Rolou ufanismo. Faltou desvario.

Mas a massa parece se movimentar.

Viver em estado de junho/2013. Vamos.

No museu do Ipiranga, o governador abre os trabalhos em torno da obra. Vai vendo.

Teatro de estádio coroado por dois Pedros.

O Primeiro e o Granato.

Imperatriz ladeira abaixo.

Queixumes da coroa.

No corpo e na dança da atriz.

Camisolas e pedras:

– “Até meu cavalos, você me tirou”.

Falou e disse Fabi Gugli.