“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, publicação de 1881, inspira peça de teatro
Literatura para lembrar que tudo que é vivo…morre.
Casaca, quepe e bolero. Rosto perto do espelho.
Beleza:
-“Esta cena é toda de negativas. Não alcancei a celebridade do emplastro. E aí, vos ficais eternamente hipocondríacos. Não fui ministro, não conheci o casamento. Coube me a fortuna de não comprar o pão com o suor do rosto. A verdade é que ao lado dessas faltas. Não houve míngua e nem sobra. Saí quite com a vida. Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Risos, sisos e costuras.
Detalhes nesse Musical Cômico Fantástico.
Capítulos publicados em jornais. Atualidades e chamados.
Silêncios entre goles de água:
– “Desde pequeno merecera alcunha de menino diabo e verdadeiramente não era outra coisa. Um dia quebrei a cabeça de uma escrava porque me negara uma colher de doce de coco. Não contente com o malefício deitei um punhado de cinza ao tacho e fui dizer a minha mãe que a escrava estragara o doce por pirraça. E eu tinha apenas seis anos”.
Seres vivos, medos e disfarces.
Interesses vis, mediocridade e cobiça.
Politicagens, falta de escrúpulos em semblantes erguidos.
Olhares e denúncias. Passos entre flores.
Gírias, modismos e beijinhos no ombro.
Baba baby baba.
Teatro Eva Herz – SP
Quintas e Sextas 21h
Texto: Machado de Assis
Direção e Adaptação de Texto: Regina Galdino
Ator: Marcos Damigo.
Cenografia e Iluminação: Regina Galdino.
Direção Musical, Arranjos e Trilha Sonora: Pedro Paulo Bogossian.
Música Original: Mário Manga.
Figurinos: Fábio Namatame.
Coreografia: Marcos Damigo.
Consultoria de Movimento: Roberto Alencar.
Execução Cenográfica: Luis Rossi.
Realização: Oasis Empreendimentos Artísticos.