Zé Celso comemora 80 anos, hoje apresentação especial de Bacantes no Teatro Oficina
Tentei ficar acordada para telefonar para ele hoje às 2 horas da manhã, horário do nascimento dele, não consegui. As atribuições da abertura do Festival de Teatro de Curitiba, me arrasaram. Dormi.
Antes de viajar trocamos alguns telefomas, a voz do Zé me instiga. Me faz sentir amada. Acalanta meus sonhos e provoca meus medos. Nada fica no mesmo lugar. O amor só aumenta. Estamos juntos hà quase 40 anos. Que felicidade.
Tantas passagens e paisagens. Tantas janelas. Locações. Poucas brigas. Muitos sorrisos.
Seu olhar arguto (argucioso, astucioso, esperto, ágil, inteligente, malandro, baseado, afinado, harmonioso, vivo, sutil, penetrante, engenhoso, fino, astuto, sagaz e agudo) inspira.
Me lembro com frescor de nosso primeiro encontro na EAD- Escola de Artes Dramáticas, no ínicío dos anos 80. Sua extravagância me capturou para sempre.
Eu que já usei tranças, cabelo moicano, curtinho, raspado e grisalho. Agora meus cabelos nascem brancos como os dele. E quando me perguntam se é natural eu respondo:
– Sim. Puxei ao Zé Celso.
Nossos laços se estreitaram aqui em Curitiba, por ocasião da primeira edição do Festival em 1992, nesse hotel que me acolhe até hoje.
O encantamento é recíproco, gera energia, poesia, e teatro. Fiz o livro Fotografias Teat(r)o Oficina, dedicado a ele e ao Marcelo Drummond, parceiro de vida, que eu acredito ter sido o melhor presente que a vida trouxe para o Zé.
Sua pele macia. Seu abraço gostoso.
Escrevo para dizer do amor que nutro por ele, para festejar e mandar muitos beijos.
Daqui a pouco ele chega, para apresentar o Rei da Vela, aqui no Festival. Renato Borghi e ele, nascidos na mesma data. Dupla do babado. Festa para os sentidos.
Termino parafraseando Oswald de Andrade. Perfeito para a ocasião.
“Amor e Humor”