Shakespeare compreensível

Nelson de Sá

A pesquisa YouGov/British Council, realizada em novembro com 18.000 adultos de 15 países, vai além dos dados mencionados neste sábado (23) no material sobre os 400 anos da morte de Shakespeare.

Os destaques que separei para a reportagem foram que 84% dos brasileiros, 89% dos indianos e 68% dos chineses dizem que o dramaturgo é relevante para o mundo hoje, contra 57% dos britânicos. E que mais brasileiros (79%) do que britânicos (59%) dizem compreendê-lo.

Foram retirados do gráfico principal fornecido pelo YouGov, que também apontou a proporção dos que “gostam” e “compreendem” (ver abaixo). Em todas as situações, o quadro é semelhante nos outros emergentes, como China e Índia.

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Segundo o levantamento, nove em cada dez brasileiros relataram alguma experiência com Shakespeare. A maioria, 65%, através de filmes baseados em suas peças, que foram vistos em cinema, televisão ou on-line.

E uma proporção elevada, 29%, teria assistido às peças no teatro (clique na imagem para ampliar):

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No Reino Unido, a maioria afirmou que teve contato com Shakespeare na escola, 70%. Ou seja, a experiência dos britânicos é maior com o texto original, quando ainda jovens.

O próprio British Council comentou que, para recuperar terreno em relação à relevância alcançada por ele no resto do mundo, é preciso tornar Shakespeare mais compreensível para os seus compatriotas.

PS – O YouGov publicou também um ranking das peças mais populares no Reino Unido, ao que parece também influenciado pelo cinema. É encabeçado por “Romeu e Julieta” (51% assistiram ou leram), “Macbeth” (47%), “Sonho de uma Noite de Verão” (42%) e “Hamlet” (31%).