Noite de sexta-feira, indo com minha amada no Ópera de Arame assistir a tão esperada peça Homem Vertente, pelo Festival de Teatro de Curitiba.
Havíamos adquirido os ingressos com grande antecedência logo que as vendas iniciaram. Dias depois, todos as cadeiras haviam sido vendidas, ou seja, a peça prometia ser boa!
Depois, nova notícia sobre a peça. Ela seria transferida do Barigui para o Ópera de Arame que, segundo consta, seria o local ideal para este tipo de apresentação. Achei bom, já que fiquei pensando o que fazer se caso chovesse… isso faria parte do roteiro? eles contavam com as constantes chuvas da cidade? Bom, enfim…
Na semana anterior a apresentação recebemos e-mail, mensagem de texto SMS e até recebi uma ligação informando que a peça tinha sido adiada. Até aí beleza, afinal, problemas acontecem e a organização do evento mostrou respeito ao consumidor ao se certificar que este estava ciente das alterações de agenda. Segundo foi divulgado, a mudança aconteceu por problemas hidráulicos. A organização do evento deu as opções de pegar o dinheiro de volta ou ir em outra data. Optamos pela segunda opção, já que a peça é a menina dos olhos do Festival… prometia ser boa!
Quinta-feira, dia do espetáculo! Tudo programado para ir assistir até que, no meio da tarde nova mensagem SMS: Peça adiada novamente! Que saco! Acessei o site oficial do Festival pra me certificar que não tinha sido um trote… nada! Só tive certeza pelo site da Gazeta do Povo … Bom… pelo menos me avisaram…
Sexta-feira… depois de tantos adiamentos tive que dar uma googlada pra me certificar que nenhum imprevisto tinha acontecido. Parece inacreditável que uma peça que estava sendo montada desde novembro tenha tantos problemas.
Encontrei uma nota da organização. O espetáculo que, a princípio tinha 50 minutos passou a ter 20 de duração! Como? Será que a peça tem uma história tão inconsistente que pode ser resumida pela metade sem problemas? Será que ela tem alguma história? Bizarro isso! A nota ainda informa que “a medida foi tomada em decorrência de avaliação preventiva realizada em um dos motores utilizados para a sustentação dos atores nos números aéreos. Foram detectados desajustes que poderiam acarretar incidentes durante o uso intenso no espetáculo.”
Primeiro problemas hidráulicos, depois problemas no motor… será que um afetou o outro? Bem… acredite ou não eu ainda queria ver a apresentação.
Finalmente, noite de sexta-feira… e é aí que o copo de frustração transbordou!
Logo na rua do teatro somos abordados por flanelinhas nos indicando estacionamento… passei direto, já que sabia que tinha um espaço público para deixar o carro na frente do farol das cidades, há poucos metros do Ópera. Chegando neste espaço, meus olhos são tomados pela mais intensa escuridão. Não dava pra ver um palma na frente do carro… e ele estava com as lanternas ligadas! O poste de iluminação estava simplesmente apagado.
Falta grave não só da organização do evento mas, principalmente, da Prefeitura de Curitiba, não só por se tratar de um espaço público, como por ser patrocinador do Festival. Eles simplesmente não se preocuparam com onde o público ia deixar seus veículos. Na minha opinião eles deveriam se certificar que o local oferecia segurança.
Daí é aquela velha história… onde o poder público falta, a bandidagem toma conta!
Como obviamente eu não ia deixar meu carro naquela escuridão (habitada, diga-se de passagem, por um único carro, bem no canto, com vidros fumê, certamente se aproveitando da penumbra…) fui procurar os estacionamentos pagos. O preço… 20 reais! Isso mesmo… faça as contas: Você vai assistir uma peça de 20 minutos, logo vai deixar o carro estacionado por 20 minutos… sim… você estará pagando pelo estacionamento 1 real POR MINUTO!
Quando via aquelas pessoas, no meio da rua, me convidando a adentrar em seus estacionamentos (que duvido que tivesse seguro…) é como se eu ouvisse “vem aqui seu trouxa”. Eu sinto que ouço isso sempre que vou em lugares como o Parque Barigui, Jardim Botânico e outros tantos espaços tomados por flanelinhas, sempre prontos a riscar nosso carro se a gente não paga o que pedem… mas isso é uma outra história!
O pior mesmo é ter a leve suspeita de que essas mesmas pessoas que me convidaram a entrar em seus estacionamentos tenham dado cabo da iluminação do farol das cidades. É como quando, dez metros depois de passar em frente a uma borracharia, o pneu de seu carro estoura por causa de uma madeira, cheia de pregos, inocentemente posicionada no meio da rua.
A extorsão está em quase todas as esquinas, e nossos governantes são coniventes com isso. E pior, nós, meros cidadãos, somos coniventes com isso! Sim… porque, você que lê este relato, acha que os estacionamentos particulares estavam vazios? Que nada… todos lotados. Muita gente aceitou pagar os vintão!
Enfim, resolvi ir embora… achei absurdo pagar tanto por tão pouco. Depois vou tentar recuperar o dinheiro do meu ingresso. Se não conseguir, este texto ganhará mais algumas linhas.
Indo embora, vendo aquela fila imensa de gente tentando entrar no teatro, pensei no seguinte: Será que toda essa gente sabe que a peça vai ter só 20 minutos? Eu mesmo só sabia disso graças à googlada de horas atrás. Acho que vão ficar tristes!
Oi Bom Dia. Vc se esqueceu de assinar o post, mas concordo. Foi muito fraca a abertura do Festival. E depois os cancelamentos de Homem Vertente. Talvez tudo isso sirva para a organização das futuras edições do Festival. Temos grupos e Cias maravilhosas que dariam conta do recado, não é mesmo? Fica aqui seu protesto, para alertar curadores e diretores. Obrigada. Att Lenise
Noite de sexta-feira, indo com minha amada no Ópera de Arame assistir a tão esperada peça Homem Vertente, pelo Festival de Teatro de Curitiba.
Havíamos adquirido os ingressos com grande antecedência logo que as vendas iniciaram. Dias depois, todos as cadeiras haviam sido vendidas, ou seja, a peça prometia ser boa!
Depois, nova notícia sobre a peça. Ela seria transferida do Barigui para o Ópera de Arame que, segundo consta, seria o local ideal para este tipo de apresentação. Achei bom, já que fiquei pensando o que fazer se caso chovesse… isso faria parte do roteiro? eles contavam com as constantes chuvas da cidade? Bom, enfim…
Na semana anterior a apresentação recebemos e-mail, mensagem de texto SMS e até recebi uma ligação informando que a peça tinha sido adiada. Até aí beleza, afinal, problemas acontecem e a organização do evento mostrou respeito ao consumidor ao se certificar que este estava ciente das alterações de agenda. Segundo foi divulgado, a mudança aconteceu por problemas hidráulicos. A organização do evento deu as opções de pegar o dinheiro de volta ou ir em outra data. Optamos pela segunda opção, já que a peça é a menina dos olhos do Festival… prometia ser boa!
Quinta-feira, dia do espetáculo! Tudo programado para ir assistir até que, no meio da tarde nova mensagem SMS: Peça adiada novamente! Que saco! Acessei o site oficial do Festival pra me certificar que não tinha sido um trote… nada! Só tive certeza pelo site da Gazeta do Povo … Bom… pelo menos me avisaram…
Sexta-feira… depois de tantos adiamentos tive que dar uma googlada pra me certificar que nenhum imprevisto tinha acontecido. Parece inacreditável que uma peça que estava sendo montada desde novembro tenha tantos problemas.
Encontrei uma nota da organização. O espetáculo que, a princípio tinha 50 minutos passou a ter 20 de duração! Como? Será que a peça tem uma história tão inconsistente que pode ser resumida pela metade sem problemas? Será que ela tem alguma história? Bizarro isso! A nota ainda informa que “a medida foi tomada em decorrência de avaliação preventiva realizada em um dos motores utilizados para a sustentação dos atores nos números aéreos. Foram detectados desajustes que poderiam acarretar incidentes durante o uso intenso no espetáculo.”
Primeiro problemas hidráulicos, depois problemas no motor… será que um afetou o outro? Bem… acredite ou não eu ainda queria ver a apresentação.
Finalmente, noite de sexta-feira… e é aí que o copo de frustração transbordou!
Logo na rua do teatro somos abordados por flanelinhas nos indicando estacionamento… passei direto, já que sabia que tinha um espaço público para deixar o carro na frente do farol das cidades, há poucos metros do Ópera. Chegando neste espaço, meus olhos são tomados pela mais intensa escuridão. Não dava pra ver um palma na frente do carro… e ele estava com as lanternas ligadas! O poste de iluminação estava simplesmente apagado.
Falta grave não só da organização do evento mas, principalmente, da Prefeitura de Curitiba, não só por se tratar de um espaço público, como por ser patrocinador do Festival. Eles simplesmente não se preocuparam com onde o público ia deixar seus veículos. Na minha opinião eles deveriam se certificar que o local oferecia segurança.
Daí é aquela velha história… onde o poder público falta, a bandidagem toma conta!
Como obviamente eu não ia deixar meu carro naquela escuridão (habitada, diga-se de passagem, por um único carro, bem no canto, com vidros fumê, certamente se aproveitando da penumbra…) fui procurar os estacionamentos pagos. O preço… 20 reais! Isso mesmo… faça as contas: Você vai assistir uma peça de 20 minutos, logo vai deixar o carro estacionado por 20 minutos… sim… você estará pagando pelo estacionamento 1 real POR MINUTO!
Quando via aquelas pessoas, no meio da rua, me convidando a adentrar em seus estacionamentos (que duvido que tivesse seguro…) é como se eu ouvisse “vem aqui seu trouxa”. Eu sinto que ouço isso sempre que vou em lugares como o Parque Barigui, Jardim Botânico e outros tantos espaços tomados por flanelinhas, sempre prontos a riscar nosso carro se a gente não paga o que pedem… mas isso é uma outra história!
O pior mesmo é ter a leve suspeita de que essas mesmas pessoas que me convidaram a entrar em seus estacionamentos tenham dado cabo da iluminação do farol das cidades. É como quando, dez metros depois de passar em frente a uma borracharia, o pneu de seu carro estoura por causa de uma madeira, cheia de pregos, inocentemente posicionada no meio da rua.
A extorsão está em quase todas as esquinas, e nossos governantes são coniventes com isso. E pior, nós, meros cidadãos, somos coniventes com isso! Sim… porque, você que lê este relato, acha que os estacionamentos particulares estavam vazios? Que nada… todos lotados. Muita gente aceitou pagar os vintão!
Enfim, resolvi ir embora… achei absurdo pagar tanto por tão pouco. Depois vou tentar recuperar o dinheiro do meu ingresso. Se não conseguir, este texto ganhará mais algumas linhas.
Indo embora, vendo aquela fila imensa de gente tentando entrar no teatro, pensei no seguinte: Será que toda essa gente sabe que a peça vai ter só 20 minutos? Eu mesmo só sabia disso graças à googlada de horas atrás. Acho que vão ficar tristes!
Oi Bom Dia. Vc se esqueceu de assinar o post, mas concordo. Foi muito fraca a abertura do Festival. E depois os cancelamentos de Homem Vertente. Talvez tudo isso sirva para a organização das futuras edições do Festival. Temos grupos e Cias maravilhosas que dariam conta do recado, não é mesmo? Fica aqui seu protesto, para alertar curadores e diretores. Obrigada. Att Lenise